Começou há pouco na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara o encaminhamento da votação do Projeto de Lei que trata da reforma política. Os representantes de cada partido estão encaminhado a votação do parecer apresentado pelo relator Rubens Otoni (PT-GO), que introduz, entre outros pontos, o financiamento público de campanha, a lista fechada de candidatos e a federalização partidária.
O representante do PL, deputado Inaldo Leitão (PB), propôs o adiamento da votação ao afirmar que a reforma política não pode ser votada em um momento de crise, pois tem que ser duradoura e não casuística. Além disso, Inaldo Leitão argumentou que nessa matéria não pode haver um "massacre" dos grandes partidos às pequenas siglas.
Ao rebater as críticas do representante do PL, o deputado Alexandre Cardoso (PSB-RJ) disse que a reforma política só será votada em momentos de crise, porque todas as vezes em que surge crise, se fala em votar a matéria. "Portanto, esse é o momento de se votar essa reforma, que vem sendo discutida pelo Congresso há mais de dez anos".
O presidente da CCJ, Antônio Biscaia (PT-RJ), informou que se depende dele, a reforma política será votada hoje na Comissão e encaminhada ao plenário da Câmara para apreciação.