Carpegiani tem seu primeiro desafio pelo Corinthians

Finalmente, chegou o dia. Paulo César Carpegiani estréia nesta quinta na direção do Corinthians, às 20h30, no confronto contra o Náutico, que vale vaga nas quartas-de-final da Copa do Brasil

Situações boas não faltam ao novo comandante: sua estréia será em casa, com estádio lotado e a possibilidade de avançar com vitória simples ou empate por 0 a 0 ou 1 a 1 após o 2 a 2 no Estádio dos Aflitos, no Recife. Tudo bonito no papel, mas para o técnico, é necessário alerta geral, pois os pernambucanos trarão enorme perigo.

Carpegiani tem razão em ser precavido. Atuar sob seus domínios não é um fator positivo para o Corinthians em 2007, ano em que o time tropeçou em mais da metade dos 11 confrontos aos que foi mandante. Foram empates com os frágeis Rio Branco, Sertãozinho e Grêmio Barueri. Pior: perdeu para Ituano, São Caetano e o clássico frente o Palmeiras, disputado no Morumbi.

"Para evitar surpresas, temos de nos impor, senão é o adversário que se impõe e fica complicado", disse Carpegiani. "Este time ainda não terá minha cara, e talvez nunca tenha, pois sou muito exigente, perfeccionista. Terá, contudo, muita disciplina e garra impressionante, coisas que a torcida gosta muito.

O treinador define o Manchester United, da Inglaterra, como sinônimo de perfeição no futebol: um time que se defende muito bem, tem distribuição tática perfeita e sabe atacar em bloco. O gosto pela postura compacta dos clubes europeus, no entanto, não significa que tal sistema será imposto no Corinthians. "Não quero equipe defensiva, mas sim equilibrada. Gosto de segurança, mas com perspectiva de fazer gols", disse. Não à toa, deve trocar o atacante Jean Carlos, que joga mais pelas pontas, pelo centroavante Wilson.

Tanta vontade, alerta Carpegiani, não significa nada. Para ele, tudo tem de ser como o ensaiado. "Temos de trazer a torcida para nosso lado. Como? Sendo organizado no meio, firme na defesa, contra-atacando com velocidade e sabendo fazer pressão sobre o adversário. Nossa obrigação é jogar pela vitória.

Aos 58 anos, dono dos mais importantes títulos no futebol, Carpegiani, quem diria, também está ansioso pela estréia. "Até o meio-dia, ainda vou estar com friozinho na barriga", reconhece. "No campo, porém, a coisa muda quando a bola rola."

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