Tiroteio na eleição

Candidato a prefeito é morto a tiros durante carreata em Goiás

José Gomes da Rocha (PTB), o Zé Gomes, foi baleado na cabeça.

Uma carreata da qual participava o vice-governador e governador em exercício de Goiás, José Eliton (PSDB), terminou na morte de três pessoas na tarde desta quarta-feira (28), em Itumbiara, a 240 quilômetros de Goiânia. Eliton foi ferido no abdômen. O candidato a prefeito José Gomes da Rocha (PTB), o Zé Gomes, também foi baleado e morreu.

Rocha estava ao lado do vice-governador na carroceria de uma caminhonete quando foi baleado na cabeça por um homem que se aproximou do veículo.

O assassino, identificado como Gilberto Ferreira do Amaral, e um policial militar, o cabo Vanilson Rodrigues, morreram em seguida durante um tiroteio.

Eliton foi levado para o hospital municipal. No começo da noite, ele foi transferido de helicóptero para a capital goiana. O vice-governador passaria por uma cirurgia para retirar dois projéteis. Até a conclusão desta edição não havia sido divulgado boletim médico.

O governador Marconi Perillo (PSDB) estava em viagem a Los Angeles, nos Estados Unidos. O deputado Jovair Arantes (PTB) e o senador Wilder Morais (PP), também estavam no carro de Zé Gomes, mas não foram atingidos pelos disparos.

Servidor

A Polícia Civil de Goiás informou que o atirador, de 53 anos, era auxiliar de serviços gerais da Secretaria Municipal de Saúde de Itumbiara. O cabo da polícia morto estava, no momento do crime, fazendo a segurança do candidato a prefeito.

Minutos após a notícia do atentado ser divulgada por blogs e sites de Goiás, políticos do Estado manifestaram o pesar pela morte de Zé Gomes. “É uma tragédia que choca a todos nós goianos”, afirmou o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado.

Um dos mais ricos políticos do interior goiano e ex-prefeito, Zé Gomes declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 110 milhões, formado em sua maioria por fazendas. Chamado de “Maluf de Itumbiara” por uma série de acusações, o candidato tentava voltar ao comando da prefeitura, que chefiou de 2005 a 2012. Nesta eleição, ele conseguiu montar uma coligação de 14 partidos, incluindo o PT, o PMDB e o PSDB.