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  Bernardo Hélio / Agência Câmara
Bernardo Hélio / Agência Câmara

Brasília – A Câmara dos Deputados iniciou, há pouco, a sessão destinada a votar o parecer que pede a cassação do mandato do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), por quebra de decoro parlamentar.

O relator Cezar Schirmer (PMDB-RS) iniciou sua fala com um desabafo por causa das críticas que recebeu de João Paulo na votação do processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. "Ouvi as críticas, mas não revidei. Não as levei em consideração", disse Schirmer, que foi chamado de "omisso, rancoroso e preconceituoso" pelo ex-presidente da Câmara.

Neste momento, Schirmer defende seu parecer. O relatório do deputado foi aprovado por nove votos a cinco no Conselho de Ética. Depois que o relator terminar a defesa de seu parecer, João Paulo terá o mesmo tempo para se defender.

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O ex-presidente da Câmara é acusado de quebra do decoro parlamentar. Sua mulher, Márcia Regina, sacou R$ 50 mil das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, considerado o principal operador do chamado "mensalão", esquema de pagamento de mesadas a parlamentares em troca de apoio ao governo.

João Paulo alega que o saque foi feito por determinação do ex-tesoureiro do PT Delúblio Soares. "Eu estava convencido de que o dinheiro era oriundo dos cofres do partido", afirma. Segundo ele, os R$ 50 mil foram usados para pagamento de pesquisas eleitorais em quatro cidades da região de Osasco (SP).

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São necessários, no plenário, no mínimo 257 votos favoráveis ao parecer para que João Paulo Cunha seja cassado e perca parte dos direitos políticos, tornando-se inelegível até 2015. Se o processo for arquivado, o parlamentar poderá concorrer às eleições de outubro próximo.