A Aeronáutica decidiu enviar para laboratório do Canadá e não dos Estados Unidos, onde está a fábrica da Boeing, as caixas-pretas do avião da Gol. A FAB não confirma, mas o objetivo de mandar as fitas para o Canadá foi encaminhá-las para um terceiro país que não tivesse qualquer interesse no caso, ou seja, um laboratório neutro. As caixas-pretas da Gol estão muito retorcidas e isso poderá atrapalhar um pouco a apuração porque exigirá mais tempo de trabalho.
No caso das caixas-pretas do Legacy, como o avião é da Embraer, elas já foram levadas para São Paulo, onde estão sendo examinadas por técnicos da Aeronáutica. Tanto no caso do Legacy quanto no do Boeing da Gol os trabalhos estão sendo acompanhados por representantes de todos os segmentos interessados no caso.
No início da noite, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou a chegada ao País de quatro técnicos americanos que acompanharão a investigação.
Em nota, a agência informou que um dos peritos representa a Federal Aviation Administration (FAA), que é o órgão responsável pela fiscalização e regulação da aviação civil nos Estados Unidos, e os outros três são do National Transportation Safety Board (NTSB), uma instituição internacional de aviação.
Além dos especialistas americanos, os trabalhos vão ser observados por representantes da companhias Boeing e Embraer, fabricantes dos dois aviões.
A comissão de investigação não terá local fixo de trabalho, segundo a Anac, e os técnicos poderão se deslocar, "de acordo com as necessidades de análise do acidente", por São José dos Campos, Rio, Brasília e Serra do Cachimbo (MT).
