Bush não pode vencer…

No momento em que o terror nos tem traumatizado é necessário que as pessoas conscientes, de todos os recantos do mundo, seja qual for a sua religião, raça ou suas condições sociais, direcionem seus pensamentos no sentido de que mudanças, bem significativas, aconteçam antes mesmo que as luzes de 2003 se apaguem. Uma delas, a mais importante, será o fracasso eleitoral do maior terrorista da atualidade, George W. Bush. No entanto, se por um lapso do destino esta força sublime emanada do fundo de nossos corações não vingar, estaremos, novamente, sendo tutelados por um ser asqueroso, medíocre e desumano. A dúvida que paira sobre a sua derrota baseia-se no apoio que recebe da indústria bélica (diversas vezes à beira da falência) e na possibilidade de ser favorecido por um sistema eleitoral obsoleto e amoral. Os freqüentes atentados que estão ocorrendo são o fruto de sua política externa falha, cheia de preconceitos e voltada apenas para os seus interesses. Arrogante, discrimina os povos que considera raça inferior e de pouca cultura. Seus pronunciamentos são um amontoado de palavras falsas, contraditórias e sem conteúdo.

Os massacres no Afeganistão, Iraque, a ajuda camuflada a Israel no genocídio aos povos palestinos e outras ações condenáveis, comprovam sua obstinada aliança com a indústria do mal. A desova de grande quantidade de material bélico, acumulado, o domínio de uma das maiores reservas petrolíferas do mundo e o controle militar de toda aquela região foram os fatores básicos para que esse insensato ser e seus cúmplices cometessem essas atrocidades. Suas deslavadas mentiras endossadas por Tony Blair, para justificar essas agressões, não persuadiram o mundo.

Seus olhos, agora, estão voltados para a América do Sul, seguindo um velho sonho de seus antecessores em dominar todo o continente americano. Iniciaria provocando a instabilidade política nos países cujos governos não lhes agradam. Aconteceu no Chile quando o presidente Salvador Allende foi alvo de um complô manipulado pela cúpula de seu país e que levou ao poder o ditador Augusto Pinochet. A Venezuela está passando pelo mesmo problema porque o presidente Hugo Chávez jamais aceitou a intromissão estadunidense em seu governo.

Outra alternativa para os Estados Unidos nos coagir seria a construção de uma rede de bases militares, formando um cinturão, que envolveria os países sul-americanos. Na Amazônia e na Terra do Fogo essas bases já se encontram em andamento. O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, firmado no ano de 2000, lhes possibilitaria a ocupação, exploração e controle total da base espacial de Alcântara.

Esse acordo ainda proibiria a entrada de qualquer brasileiro na base, incluindo parlamentares e membros do Executivo. Nem o presidente da República teria acesso às suas instalações. Somente uma autorização expedida pelo governo norte-americano concederia esse direito.

No plebiscito realizado em setembro de 2002 esse conluio foi repudiado por 10 milhões de brasileiros, fator decisivo para constranger os nossos parlamentares no momento de posicionarem o seu voto. Respaldados por um poderio bélico inquestionável, com toda a certeza os Estados Unidos jamais sairiam de Alcântara.

Acreditamos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tenha vetado esse acordo e, desta forma, resgatado a nossa soberania.

O perigo para o mundo, no momento, não é nem foi Saddam Hussein, Bin Laden, Muammar Kadafi ou a Al-Qaeda e sim Bush, Dick Cheney, Donald Rumsfeld, Colin Powel, Tony Blair e todos que os apoiam.

É lamentável que algumas nações que já foram agredidas ou mesmo ameaçadas pelos Estados Unidos, hoje subservientes, lhes estendam as mãos.

Esperamos que a oposição vença as eleições norte-americanas e o novo presidente, seguindo uma conduta condizente com a de um verdadeiro estadista, postura jamais tomada pelos até então governantes, seja sensível aos problemas mundiais. Transforme a criminosa máquina de guerra estadunidense em alimentos, remédios, educação e outros bens básicos e necessários à sobrevivência dos excluídos. Estará, desta forma, contribuindo para minorar o sofrimento de boa parte das populações carentes de nosso planeta, inclusive as de seu próprio país. Assim procedendo sua política ficará alicerçada nos mais elevados princípios de religiosidade, amor e respeito ao próximo e conseqüentemente voltada à paz e ao bem-estar de toda a Humanidade.

Albertina de Souza Gaissler (Betty)

– professora aposentada pelo Colégio Estadual do Paraná.

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