Buarque: PT precisa de interlocutor econômico independente

O PT ainda não conseguiu convencer e tranqüilizar o mercado de que em um eventual governo petista conseguirá administrar de maneira segura a economia brasileira. Por isso, é fundamental que o partido defina um interlocutor econômico, de preferência fora dos quadros do partido, para conversar com o mercado e que tenha as seguintes qualidades: amar o País, ser honesto, competente e ter credibilidade.

Essa é avaliação do ex-governador do Distrito Federal e candidato ao Senado Federal pelo PT, Cristovam Buarque. ?Assim como em 98 eu defendi que o Lula deveria manter o ministro da Fazenda, Pedro Malan, por 100 dias, caso vencesse as eleições, agora, considero essencial o anúncio de um nome na área econômica. Aliás, isso já deveria ter sido feito, mas ainda há tempo.?  Na avaliação do ex-governador, apesar do discurso e do programa moderado que o partido adotou, o mercado ainda não se convenceu de que não é necessário temer a adoção de medidas radicais, no caso de uma vitória do presidenciável petista Luiz Inácio Lula da Silva.

Além de defender a definição de um interlocutor econômico desvinculado da legenda e que tenha credibilidade no mercado, o candidato ao Senado pelo PT do Distrito Federal defendeu também uma administração independente para o Banco Central: ?A moeda não pertence ao governo e, portanto, o presidente do Banco Central não precisa e é melhor que não seja do PT.?  Cristovam ressaltou ainda que o ministro da Fazenda não deve ter poder em excesso. ?Um ministro da área econômica, não pode ser como um primeiro- ministro.?

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