Briga por mais verbas vai continuar, avisa Aécio Neves

Embora não seja crítico direto da política econômica, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirma que a retomada do crescimento depende de uma ação mais coordenada entre o governo e os Estados, responsáveis por grande parte dos investimentos do País. ?O PAC foi pouco generoso no compartilhamento dos investimentos e está dissociado das prioridades regionais?, acrescenta.

Aécio também aproveita para avisar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que os Estados não desistiram de brigar pela partilha das contribuições sociais e prevê que o governo Lula terá dificuldades em aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação de Receitas da União (DRU) se não ceder parcialmente à reivindicação.

A repartição de 30% da CPMF com Estados e municípios fazia parte da pauta dos governadores para a reunião com o presidente Lula, mas foi descartada pela equipe econômica. ?Vamos insistir nisso novamente durante a votação da CPMF no plenário da Câmara e do Senado. Se o governo não negociar, terá dificuldades em aprovar a CPMF e a DRU?, avisou Aécio, que já foi presidente da Câmara e conhece os bastidores do Congresso.

A prorrogação da CPMF e a renovação da DRU, mecanismo que libera 20% das receitas das vinculações legais e constitucionais, precisam ser aprovadas até o final do ano para garantir o equilíbrio fiscal da União – sabendo disso, os governadores querem negociar.

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