Brasileiros são liberados do confinamento na embaixada do Congo

Os funcionários brasileiros que estavam confinados desde a última quinta-feira na sede da embaixada brasileira em Kinshasa, capital do Congo, foram liberados na manhã de hoje (26). De acordo com o embaixador Flávio Roberto Bonzanini, o país já retomou as atividades normais de comércio, escolas, bancos e transporte público. Todos foram liberados quando vimos que a cidade estava normal, disse o embaixador.

Os brasileiros ficaram retidos porque a embaixada está localizada no centro das operações militares que tentavam conter um grupo de rebeldes, apoiadores do senador e ex-vice-presidente Jean-Pierre Bemba.

Em entrevista Agência Brasil, Bonzanini informou que a situação na cidade é de destruição. Houve muitos danos, várias embaixadas foram atingidas, ocorreram muitos saques e pilhagens. Foram centenas de mortos, centenas de feridos, muita gente ainda está nos hospitais. A experiência foi traumatizante para muita gente, e muitos estrangeiros pensam em deixar o país, disse Bonzanini.

Segundo ele, ontem foram ouvidos os últimos tiros na cidade, durante uma varredura realizada pela polícia em busca de armas e de rebeldes infiltrados. De quinta-feira, quando teve início a onda de violência, até sábado pela manhã, todos os funcionários da embaixada ficaram sitiados.

Depois disso, os congoleses e os brasileiros que têm família no país foram liberados, e só ficaram na embaixada 12 pessoas, entre militares e funcionários do quadro. Segundo o embaixador Bonzanini, o confinamento prolongado foi uma questão de precaução, e o grupo tinha água, comida e remédios para mais uma semana.

Voltar ao topo