Brasileiro está contente com a seu estado de saúde, diz IBGE

O brasileiro está satisfeito com a própria saúde e os ricos estão muito mais contentes que os pobres. A pesquisa do IBGE mostra que 78,6% da população (138,3 milhões de pessoas) considera que tem saúde boa ou muito boa. Na faixa mais pobre, com renda familiar de até um salário mínimo mensal (R$ 300 em valores de hoje), a proporção cai para 72,7%. Já entre os que têm renda de mais de 20 salários mínimos (R$ 6 mil), são 91,6% de satisfeitos. Os homens se consideram mais saudáveis (81%) que as mulheres (76,3%).

A população feminina é também a que mais teve atividades prejudicadas ou interrompidas por problemas de saúde. Doze milhões de pessoas tiveram restrições nas atividades, pelo tempo médio de cinco dias, nas duas semanas que antecederam a pesquisa. Equivalem a 6,9% da população brasileira – 7,6% das mulheres e 6,1% dos homens. Entre crianças e adolescentes, a restrição de atividades é maior entre os meninos. "Acidentes de todos os tipos afetam mais meninos que meninas. Da idade reprodutiva em diante, as restrições atingem mais as mulheres. A partir desta idade, elas apontam mais problemas de saúde que os homens", diz o pesquisador da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) Francisco Viacava, um dos analistas dos dados da PNAD referentes à saúde.

Insatisfeitos

A legião dos insatisfeitos com a própria saúde soma 6 milhões de pessoas, ou 3,4% da população. Na faixa de mais baixa renda, são 5,3% de insatisfeitos, enquanto na faixa mais alta, apenas 0,8% faz uma auto-avaliação negativa.

Moradores das áreas rurais são mais insatisfeitos (4,4%) que os da área urbana (3,2%). A satisfação vai caindo à medida em que a idade aumenta. Entre os idosos – pessoas com 65 anos ou mais, na definição do IBGE -, apenas 40,7% disseram ter saúde boa ou muito boa, enquanto os 15% disseram estar com a saúde ruim ou muito ruim.

Os moradores do Sul e do Sudeste se consideram bem mais saudáveis que os das outras regiões. Especialmente os do Rio de Janeiro, onde 82,2% dos habitantes disseram estar bem ou muito bem de saúde e apenas 2,5% escolheram a opção ruim ou muito ruim.

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