Rio
– A coordenadora nacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, posicionou-se hoje, no Rio, contra o projeto do governo que cria o Conselho Federal de Jornalismo (CFJ), e afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi “infeliz” ao provocar, anteontem, em tom de brincadeira, jornalistas, chamando-os de “covardes” por não aprovarem a iniciativa. “A meu ver, o presidente não tem de dizer nada para os jornalistas. Tem de deixá-los atuar. (O Brasil) já tem mecanismos legais de controle do jornalista”, declarou, na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), no centro da capital fluminense, onde recebeu a Medalha Barão de Mauá, pelo trabalho de redução da desnutrição e da mortalidade infantil, desenvolvido pela organização não-governamental que coordena, fundada por ela em 1983.Durante a homenagem, Zilda anunciou que, na próxima semana, a Pastoral da Criança firmará um convênio com a administração federal, por meio do Fome Zero, para desenvolver um programa de geração de renda no Semi-Árido nordestino, orientando a população a formar cooperativas. Ela adiantou também que o Poder Executivo investirá na abertura e estruturação de microempresas em grandes capitais, beneficiando a população de baixa renda, por meio de uma parceria com a ONG Gerar, da qual é diretora-presidente. O programa será realizado, inicialmente, em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Recife.