Vôos voltam a registrar atrasos

São Paulo – Desta vez não foram os controladores de vôo, mas sim o clima que acabou com a chance de um final de semana tranqüilo nos aeroportos. A chegada de uma frente fria no Sudeste prejudicou vôos em todo o País. O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, ficou fechado por 45 minutos, entre 6h29 e 7h14, o que bastou para um efeito cascata que atrasou vôos por todos os aeroportos durante todo o dia.

Em Curitiba, o Aeroporto Afonso Pena registrou atrasos superiores a uma hora em quase 32% dos vôos. Entre as 6h as 17h, dos 97 vôos previstos para pousar ou decolar do terminal, 31 tiveram atraso superior a uma hora, com tempo médio de espera de 1h40. Outros 46 tiveram atrasos entre 15 minutos e uma hora e dois vôos foram cancelados.

O Aeroporto de Congonhas, até o início da noite de ontem, havia registrado 85 vôos com atraso acima de 45 minutos, o que representa 35,3% dos 241 vôos programados, além de dois vôos cancelados. O principal destino com problemas era o Aeroporto Santos Dumont, no Rio, que foi fechado devido às chuvas fortes que caíram durante a tarde. Um vôo da TAM que devia sair às 13h ao Rio só decolou às 16h. Outro vôo da Gol ao aeroporto carioca saiu às 16h20, com quase três horas de atraso. As filas do check-in foram grandes duante toda a tarde e piorararm à noite, quando aumentou o número de partidas por causa do feriado de 1.º de maio.

Os atrasos se propagaram para 13 aeroportos do País, onde 436 vôos sofreram atrasos superiores a um hora, 31,8 % do total, e 37 foram cancelados (2,7%), segundo a Infraero. (colaborou Diogo Dreyer)

Controladores descartam operação-padrão

São Paulo (AE) – O diretor do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Vôo, Ricardo Roberto de Castro Magalhães, que representa os funcionários da Defesa Aérea da Aeronáutica, assegurou ontem que os controladores de vôo civis não irão realizar operação-padrão. ?Os controladores fizeram uma assembléia no último dia 17 e deixaram o estado de greve em que se encontravam para dar crédito de confiança ao governo para que as negociações prossigam sem confusões?, explica. ?Deste modo, os controladores vão continuar seu trabalho normalmente, e não haverá greve durante o feriado?, completa o diretor.

O Palácio do Planalto também está preocupado com o que classifica de ?aparente calmaria? no controle do tráfego aéreo. Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva temem não estar tendo a exata noção da temperatura nos centros de controle, já que chegam sinais de várias partes sobre inquietação de controladores com o Inquérito Policial-Militar (IPM) que apura o motim de 30 de março. ?O assunto está perigosamente esquecido?, comentou um interlocutor de Lula, que teme novas surpresas no setor.

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