Na reta final de seus mandatos, os vereadores da Câmara Municipal de Salvador aprovaram por unanimidade e em regime de urgência um projeto de lei que aumenta os salários do prefeito, vice-prefeito, secretários da prefeitura e deles mesmos para a próxima gestão (2013-2016).

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A remuneração bruta dos vereadores terá um acréscimo de 44%, passando de R$ 10.400,76 para R$ 15.031,75. Já o novo prefeito da capital baiana receberá R$ 18.038,10 – hoje ganha cerca de R$ 10,4 mil.

O reajuste, que vai provocar um impacto superior a R$ 2,6 milhões nos gastos anuais da Câmara, é mais do que o dobro da inflação acumulada nos últimos quatro anos.

Além disso, a Lei Orgânica do Município diz que o valor só deve ser atualizado em cada início de nova legislatura. Dos 41 atuais vereadores, menos da metade (19) conseguiu se reeleger. Um dos que não continuará em janeiro é o presidente da Casa, Pedro Godinho (PMDB). Mesmo assim, ele afirma ser justo o reajuste.

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“Nosso último foi em 2009 e é uma questão de lei. Estamos cumprindo a Constituição. Em cidades com mais de 500 mil habitantes, o salário deve equivaler a 75% do subsídio dos deputados estaduais, que ganham R$ 20 mil”, diz.

“Pode parecer que é um aumento alto, mas é porque ficou parado esse tempo todo”, completa Gordinho. Segundo Orlando Palhinha (PP), que renovou seu mandato, nem a prefeitura nem os deputados ajudam os vereadores. “Nós é que somos procurados pelos eleitores para pagar enterro, alugar ônibus, para sepultamento. Isso daí sai da onde? Do nosso salário”, disse.

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Além do salário mensal, os vereadores de Salvador têm direito à chamada verba de gabinete, de R$ 53 mil, para contratação de assessores. Ainda existe uma ajuda de custo para ligações de telefone celular (R$ 300) e para combustível (R$ 1.865).