Vegetarianos fazem passeata para pedir “paz no prato”

Usando máscaras, camisetas verdes, faixas e cartazes, cerca de 300 pessoas participaram de uma passeata hoje em São Paulo para divulgar a causa vegetariana.

O movimento, convocado na internet pela Sociedade Vegetariana Brasileira, teve início na avenida Paulista por volta das 10h e rumou para a praça Roosevelt, no centro, às 16h30. Uma faixa da rua da Consolação chegou a ser interditada durante o trajeto.

Em sua quarta edição, a Parada Veg teve neste ano o lema: “A Paz Começa no Prato”.

A partir do momento que se tira a vida do animal, não tem como se falar de paz”, diz a atriz Sulivan Sena, 27, uma das organizadoras do evento. “O animal é explorado, submetido a tortura. É um hábito que a gente tem que transcender”, completa.

Em uma performance na praça, atores representavam um frango ensanguentado, um boi que carregava um cifrão e um açougueiro que golpeava o planeta Terra.

A socióloga Marly Winkler, 58, presidente da entidade organizadora e vegetariana há quase 30 anos, explica a apresentação: “Há impactos da nossa alimentação também sobre o meio ambiente. Na Amazônia, 80% do desmatamento é causado pela pecuária e pela soja”.

A produtora de cinema Fernanda Mayrinck, 35, veio do Rio de Janeiro só por causa do ato. “É absolutamente importante difundir essa causa para um mundo melhor. É uma indústria do mal essa indústria do consumo de animais”, afirma a carioca, que também organiza uma mostra com documentários sobre o tema.

No final do ato, já de noite, os organizadores serviram uma “feijoada vegana”: feijão preto, cenoura, batata, amendoim e presunto vegetal defumado.

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