O delegado da Polícia Federal Aldo Roberto Brandão, acusado de vazar informações sobre a Operação Xeque-Mate, afirmou nesta segunda-feira (11) em depoimento à PF que "tudo aconteceu em um salão de barbeiro". Ele explicou que estava cortando o cabelo em um salão em frente a um escritório de advocacia de onde saiu Elenilton Dutra de Andrade, um dos envolvidos preso na operação.

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Ao se encontrarem, Elenilton teria dito ao delegado que ouviu notícias no rádio sobre apreensões de dezenas de máquinas caça-níqueis. "Eu respondi: ‘tem que apreender mesmo. A polícia vai dar duro em cima desse povo.’" Elenilton passou a notícia aos "empresários" dos jogos proibidos em Campo Grande, que estavam com os telefones grampeados.

O delegado ressaltou que, na ocasião da conversa na barbearia, não sabia o dia do desencadeamento da Operação Xeque-Mate. "Soube apenas uma meia hora, ou no máximo uma hora antes". Em seu depoimento, Brandão não confirma a acusação de que teria alertado o suposto chefe da máfia dos caça-níqueis, o ex-deputado Nilton Cezar Servo, de que ele estava sendo investigado e seria preso.

Alegando "depressão grave", Brandão pediu afastamento por 30 dias no último dia 8 do cargo de titular da Delegacia do Patrimônio. Ele explicou que, mesmo sob cuidados médicos, resolveu prestar o depoimento para colaborar com as investigações.

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