União Européia quer plano de combate às mudanças climáticas ainda em 2008

Brasília – Os líderes da União Européia (UE) anunciaram nesta sexta-feira (14) que o bloco pretende fechar ainda este ano um cronograma para cortar em 20% a emissão de dióxido de carbono (CO²) até 2020, se comparados aos níveis de 1990. O CO² é um dos gases de efeito estufa, considerados causadores do aquecimento global.

O plano europeu de enfrentamento de mudanças climáticas deve ser apresentado em meados de setembro, de acordo com as informações divulgadas durante o encerramento da Reunião de Cúpula da UE, em Bruxelas (Bélgica).

No texto das conclusões do Conselho Europeu, os líderes dos 27 países do bloco destacam que "em 2008, o desafio consiste em obter resultados" no âmbito das alterações climáticas e da política energética.

De acordo com o primeiro-ministro português, José Sócrates, o bloco está decidido "a fazer o que deve para reduzir emissões e obter um acordo internacional no âmbito das Nações Unidas, com métodos e objetivos bem fixados".

Durante a reunião, o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair anunciou que vai dirigir uma campanha internacional contra as mudanças climáticas. Apoiado pelos Estados Unidos, pela União Européia, Organização das Nações Unidas (ONU) e pelo atual premiê britânico, Gordon Brown, Blair comprometeu-se a elaborar um projeto para diminuir as emissões de dióxido de carbono pela metade, até 2050.

A iniciativa incluirá a América e a China nas estratégias para frear o aquecimento global. Blair apresentará um relatório do projeto na reunião do G8 (grupo dos sete países mais ricos e a Rússia), em julho, no Japão.

Na última quarta-feira (12), o governo britânico anunciou a inclusão de medidas ambientais no orçamento do Reino Unido de 2008. Tarifação extra de combustíveis, subsídios para carros com baixos níveis de poluição e uma lei que definirá taxas para uso de sacos plásticos estão entre as medidas. O governo britânico também espera zerar as emissões de carbono em prédios não-residenciais a partir de 2019.

Voltar ao topo