Tucanos acreditam que Garibaldi Alves ajudou Lula ao não discutir tributos

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmaram hoje que o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), atendeu aos interesses do governo quando decidiu não convocar a Comissão Representativa do Congresso – que funciona durante o recesso parlamentar – para discutir o pacote tributário. Para Guerra, do ponto de vista político, o Garibaldi livrou o governo de um debate público sobre os aumentos do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Com a não convocação da comissão, a discussão só será travada a partir de 6 de fevereiro, quando o Congresso retoma seus trabalhos. "O debate obrigaria o governo a abrir sua caixa-preta que são as contas e o Orçamento da União", disse o presidente do PSDB, que amanhã terá um encontro com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em São Paulo para discutir a conjuntura e os rumos do partido.

Questionado se não estaria atendendo aos interesses do governo, Garibaldi disse que havia tomado uma decisão democrática, uma vez que o debate na comissão ficaria restrito a um grupo de oito senadores e 17 deputados, ao passo que, em fevereiro, a discussão terá participação de todos os parlamentares (51 senadores e 511 deputados). Além disso, Garibaldi afirmou que o governo sairia ganhando na comissão, pois nela, tem maioria para deliberar.

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