Testemunha não prova uso de “laranjas” no caso Renan

O técnico em contabilidade José Hamilton, testemunha de acusação contra o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não apresentou provas de que o senador teria usado "laranjas" na compra de duas emissoras de rádio em Alagoas em parceria com o empresário João Lyra. Ele ainda se recusou a responder a 90% das perguntas. É o que informa um parlamentar que teve acesso aos depoimentos prestados ao Conselho de Ética, a portas fechadas.

Em entrevista à revista Veja, Hamilton afirmou que Renan é sócio de Lyra no grupo O Jornal, que tem uma emissora de rádio e um jornal. Hamilton foi contador do grupo, mas disse, no depoimento que não conhece Lyra nem Renan e se negou a responder quase todas as perguntas feitas pela defesa do senador alagoano, informou um dos presentes.

O outro depoimento foi da testemunha de defesa, o juiz Marcelo Tadeu Lima, titular da 16ª Vara Criminal de Alagoas. Ele declarou ao Conselho que está há muitos anos em Maceió, mas que nunca teve informação de que Renan seria sócio ou proprietário de qualquer veículo de comunicação.

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