Tentativa frustrada de fuga provoca rebelião de presos em Bangu 3

Uma tentativa de fuga seguida por uma rebelião de presos de Bangu 3, na zona oeste do Rio, deixou cinco pessoas feridas levemente e desencadeou uma onda de crimes durante a noite de ontem(15) e madrugada de hoje em vários pontos da cidade. A rebelião durou mais de doze horas. Terminou quando os dois agentes penitenciários que eram mantidos reféns foram libertados, por volta das 10 horas. A governadora Benedita da Silva (PT) disse que tinha sido alertada sobre um plano de fuga em massa em Bangu 3 no dia 2 de outubro.

Os presos pretendiam explodir o muro dos fundos do presídio para fugir. Segundo o Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe), eles estavam com explosivos e detonadores e tinham ainda fuzis e pistolas. Houve tiroteio e cinco pessoas – um agente e quatro presos – ficaram feridas, mas sem gravidade. 

O agente Márcio Grandini, do Serviço de Operações Exteriores (SOE) do Desipe, chegava a Bangu 3 no momento da tentativa de fuga, às 21h30 de ontem(15), e contou que cinco picapes com bandidos armados davam cobertura aos presos. Os criminosos chegaram pela parte de trás do presídio, na Favela do Catiri, onde fica uma área conhecida como lixão. Os veículos transportariam os fugitivos. ?Eles trocavam tiros conosco para que os outros explodissem o muro?, disse Grandini.

O comandante da PM, coronel Francisco Braz, reconheceu que houve uma falha na segurança da região. Enquanto a polícia enfrentava os bandidos do lado de fora, os amotinados saíram das celas, tomaram uma das galerias e fizeram os agentes de reféns. As negociações começaram na noite de terça-feira, foram paralisadas de madrugada e retomadas hoje de manhã. A segurança no presídio foi reforçada por 122 Pms.

Bangu 3 tem hoje 890 detentos, número menor do que sua capacidade, de 960.

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