No seu gabinete no Ministério da Fazenda, o ministro Guido Mantega estava em intensa mobilização nos momentos que antecediam o início da votação, no Senado, da emenda constitucional que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. O clima era tenso na Fazenda, mas a avaliação era de que, embora a situação esteja difícil, a votação não está perdida. "A situação é difícil, mas ninguém está achando que é perdida", disse uma fonte.
As declarações contraditórias de lideranças do PSDB ao longo do dia aumentaram o nervosismo, mas a expectativa é de que o governo tenha votos tucanos, ao contrário do que tem afirmado o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).
O dia de negociação atrapalhou até os planos do ministro de comentar o resultados positivos do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontam uma expansão de 5,2% em 12 meses até o terceiro trimestre deste ano. Mantega mandou a sua assessoria preparar uma nota para comentar os dados, que será divulgada ainda nesta quarta-feira.


