A funkeira carioca Tati Quebra Barraco acusou a Polícia Militar (PM) do Rio de assassinar seu filho, Yuri, na Cidade de Deus, favela na zona oeste do Rio de Janeiro, na madrugada deste domingo. No Twitter, a cantora publicou que “a PM tirou um pedaço de mim que jamais será preenchido”. “A PM matou meu filho. Essa dor nunca irá cicatrizar”, escreveu Tati, já que a morte ocorreu no meio de uma operação policial na favela. Na ação, outro jovem identificado como Jean Rodrigues de Jesus, 22 anos,também teria sido morto.

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Em sua conta no Facebook, a funkeira informou que estava em Belo Horizonte na noite de sábado, onde fez um show. Tati contou que foi informada da morte do filho no meio da apresentação. “Como deve ser pra você receber uma mensagem, ligação em meio ao show dizendo que seu filho está morto?”, questionou a cantora no relato.

“Eu não pude parar o que dei início. Tinha fãs, públicos, o fotógrafo da casa, tinha um contrato assinado. Então tive que terminar o show da boate Eleganza com um sorriso no rosto, sem quê, ninguém percebesse. Mas não fui forte o tempo todo, desabei!”, continuou Tati.

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O Estado tentou contato com a assessoria de imprensa da PM e da Coordenação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) para confirmar o assassinato, mas não teve retorno. A Cidade de Deus tem uma UPP instalada, mas tem sido palco de confrontos violentos recentemente.

Passagens

Yuri já tinha histórico policial. Em 2013, ele foi apreendido em flagrante pela polícia, após roubar o boné de um jovem de 22 anos na Estrada dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. Os outros três adolescentes que estavam com Yuri no crime conseguiram escapar.

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O garoto já não morava mais na Cidade de Deus, onde foi assassinado. Porém, segundo um representante da cantora, ele sempre ia ao local visitar amigos.

Tati teve que ser sedada após o show e sua produção cancelou outro show que ela faria em Belo Horizonte, neste domingo (11). O vôo dela de volta para o Rio de Janeiro foi adiantado para o fim da manhã deste domingo.