Suzana Vieira acusa rainhas de bateria de tirarem ‘casquinha’ de escolas de samba

Veterana na Marquês de Sapucaí, a atriz Susana Vieira alfinetou rainhas de bateria “mais valorizadas” que os músicos. “Escola de samba é feita de dois tipos de pessoas. Da comunidade e de quem vem tirar uma casquinha. Eu sou comunidade. Rainha tem que conhecer cada músico, entender a bateria. Não é para aparecer mais que a bateria”, afirmou.

Neste ano, a atriz deixará a pista e desfilará como destaque no carro alegórico que representa a invasão de piratas a Santos, no enredo sobre a cidade do litoral paulista da Grande Rio. “Eu tenho sangue e tenho perna para vir no chão. Mas eu ficava escondida do meu público. E o meu público está na arquibancada. Quem assiste ao desfile ali do chão é o turista e o rico esnobe. Meu público está no alto, por isso vou enfrentar o Carvalhão”, disse Susana, referindo-se à empresa de guindaste que ergue os destaques.

A atriz representa a Dama da Noite, numa fantasia luxuosa feita pela estilista paulista Michelly X, que também vestiu a madrinha se bateria da escola, Paloma Bernardi, e a irmã do craque Neymar, Raphaela. Cada fantasia custou entre R$ 50 mil e R$ 100 mil.

Susana refuta a pecha de “escola dos artistas” que a Grande Rio ganhou. “Isso aqui é escola de comunidade. Desfilo há 18 anos, desde o grupo de acesso. Eu tenho orgulho de representar esse bairro carioca”, disse, referindo-se a Duque de Caxias, na verdade, um município da Baixada Fluminense.

Voltar ao topo