Suspeitos de canibalismo podem ter feito outras vítimas

Os três suspeitos de assassinato e canibalismo em Garanhuns, no agreste pernambucano, podem ter feito outras cinco vítimas. De acordo com o promotor de justiça Itapuan Vasconcelos, a confissão consta do inquérito policial aberto na cidade. “Eles disseram nomes e deram dois endereços, todos no Recife”, afirmou o promotor, ao citar o nome de uma nas novas possíveis vítimas: Iolanda.

As informações foram repassadas para investigação na capital. O trio suspeito – formado por Jorge Beltrão Negromonte Silveira, 50 anos, sua mulher Isabel Cristina Pires, 50, e sua amante Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25 – morava no Jardim Petrópolis, em Garanhuns, e, no seu quintal, a polícia encontrou enterrados os corpos esquartejados de duas de suas vítimas – Alexandra Falcão da Silva, de 20 anos, e Giselly Helena da Silva, 31. Eles confessaram consumir porções da carne e da pele dos corpos como forma de “purificação da alma”.

Com base no inquérito, o promotor ofereceu denúncia à 1ª Vara Criminal de Garanhuns, que foi acatada na sua totalidade pelo juiz José Carlos Vasconcelos Filho. De acordo com o Ministério Público, o trio passa a responder agora por dois homicídios triplamente qualificados, estelionato, furto qualificado, falsidade ideológica e ocultação de cadáver. Eles estão presos há um mês, desde que os crimes foram descobertos.

O trio assumiu a responsabilidade pela morte de Jéssica Camila da Silva Pereira, de 22 anos, no município metropolitano de Olinda, que teria sido assassinada e enterrada em 2008. Eles ficaram com uma criança, uma menina hoje com cinco anos, filha da vítima, que também consumiria a carne humana dada pelos adultos e ajudou a desvendar o crime. O inquérito relativo ao assassinato de Jéssica ainda está em andamento.

Os três confessaram, ao serem presos, que retiravam partes das coxas, nádegas, panturrilha e fígado, temperavam e acondicionavam na geladeira. A carne de cada corpo era suficiente para o consumo de cinco dias. Isabel também afirmou, no depoimento à polícia, que por duas vezes, por falta de carne animal, utilizou a carne das vítimas para rechear empadas, que comercializava na cidade.

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