Brasília – O recém-empossado senador Mário Calixto Filho (PMDB-RO), que assumiu na vaga de Amir Lando, nomeado ministro da Previdência, aparece várias vezes nas listas da CPI do Banestado como beneficiário final de cerca de US$ 700 mil enviados por meio de doleiros para fora do País. De acordo com os dados fornecidos pelo Banco Central à comissão, encarregada de investigar remessas ilegais via contas CC-5, houve 11 remessas a seu favor: cinco delas por meio de uma casa de câmbio, a BCF de Manaus, e seis por intermédio da Beacon Hill, empresa instalada nos Estados Unidos supostamente para movimentar recursos de doleiros.

De acordo com um deputado, membro da CPI, o envolvimento de Calixto em operações suspeitas já estaria sendo investigado pela força-tarefa encarregada de abrir a “caixa-preta” do Banestado.

Cassado

Empresário de comunicação, Mário Calixto falou sobre a suspeita que pesa contra ele logo após jurar “guardar a Constituição e as leis do País”, na sua posse no Senado. Ele disse que está sendo vítima de perseguição por causa de sua atividade como jornalista.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve comunicar hoje à Mesa Diretora do Senado que o recém-empossado senador Mário Calixto Filho está com os direitos políticos suspensos e como tal não poderia ter assumido o cargo.

De acordo com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, desembargador Elizeu Fernandes, a decisão se deve ao fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter rejeitado o recurso de Calixto contra condenação que lhe foi imposta pelo TRE por crime eleitoral.

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