STF decide hoje se Abadía será extraditado para os EUA

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir se autoriza ou não a extradição do megatraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía para os Estados Unidos, onde ele responde a processo por lavagem de dinheiro, conspiração para o tráfico internacional de cocaína e homicídio. O relator do pedido é o ministro Eros Grau. Caso seja aprovada a extradição, a palavra final ainda caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Abadía foi preso em agosto do ano passado, em São Paulo, durante uma operação da Polícia Federal. Ele é suspeito de mandar matar 15 pessoas nos Estados Unidos e outras 300 na Colômbia. A fortuna do colombiano é estimada em R$ 3,4 bilhões. Depois de preso, Abadía tentou um acordo de delação premiada com a Justiça brasileira, mas ele não foi aceito pela Justiça. De acordo com o STF, o colombiano responde na Justiça Federal de São Paulo pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa, formação de quadrilha e utilização de documento falso.

Os ministros do STF discutirão, entre outras coisas, se o pedido de extradição atende os requisitos para o seu deferimento e se o fato dele estar respondendo a processo criminal no Brasil impede o deferimento do pedido. A Procuradoria-Geral da República se manifestou favoravelmente à concessão da extradição, desde que os Estados Unidos se comprometam a não condenar Abadia à prisão perpétua ou à pena de morte, condições não previstas pela legislação brasileira. A pena privativa de liberdade no País é de, no máximo, 30 anos.

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