As feiras de flores, frutas, verduras e o “varejão” da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) vão mudar de lugar por problemas de infraestrutura no pavilhão onde ocorrem. Vistoria da Subprefeitura da Lapa, a pedido do Ministério Público, obrigou a direção a iniciar uma reforma imediata ou interditar o local, que está repleto de infiltrações, fiação exposta, telhado instável e ferrugem no teto e nas pilastras.

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A companhia decidiu começar a reforma até dezembro. Além da determinação da subprefeitura, outra vistoria feita em agosto pelo Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru) encontrou o sistema de proteção contra incêndio defasado e mandou revisar os hidrantes, trocar os quadros de luz – de madeira – e a sinalização de equipamentos de incêndio e rotas de fuga.

A Ceagesp tem até hoje para apresentar um laudo estrutural do pavilhão e um cronograma de obras. Também hoje, o diretor-presidente da companhia, Mario Maurici, deverá reunir-se com a empresa responsável pela reforma. Se essa for por módulos, os vendedores terão de se “espremer” no espaço restante do pavilhão. Caso a reconstrução do pavilhão inteiro seja necessária, todos precisarão mudar para um espaço ainda indefinido.

Desabamento

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Uma reunião de emergência foi convocada ontem pela diretoria para prestar esclarecimentos aos permissionários, exaltados com os rumores de um possível desabamento do pavilhão. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Flores e Plantas do Estado (Sincomflores), Paulo Murad, um laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) apresentado pela própria Ceagesp em 2006 falava do risco iminente de queda da marquise.

Em nota, a Ceagesp afirmou que o local não corre nenhum risco iminente de desabamento. Além disso, a direção da companhia vai procurar a Subprefeitura de Lapa para saber se as providências “que já tomou e vai tomar são suficientes para evitar uma possível interdição”.

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