Sindicalistas atribuem atrasos da Gol a demissões

Os atrasos e cancelamentos de voos na véspera do Natal das companhias aéreas Gol e Varig, que tiveram a operação unificada em outubro, foram causados pela demissão de pelo menos 1,5 mil funcionários. A avaliação e a estimativa são de sindicalistas do setor aéreo, que concordam com discurso do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que no dia 22 afirmou que os transtornos nos aeroportos foram causados pelas demissões realizadas pela Gol/Varig.

Até 19 horas de ontem, 255 voos, 18,5% do total de 1.387, apresentavam atrasos e 35 (2,5% do total) haviam sido cancelados. O grupo Gol/Varig respondia por 52,9% dos atrasos. A secretária-executiva do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, destaca que o número de cortes do grupo Gol/Varig pode ser ainda maior, uma vez que demissões de empregados com menos de um ano de empresa não precisam ser homologadas.

O mesmo alerta foi dado pela presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio, e pelo presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), Celso Klafke. “Enviamos carta ao Jobim dizendo que ele acertou no diagnóstico, quando disse que as duas empresas estavam com muitos atrasos por falta de empregados”, afirmou Selma. Segundo ela, foram ao menos 700 os aeroviários (em serviços em terra) dispensados desde outubro. A carta mencionada pela sindicalista foi enviada a Jobim no dia 23, após a declaração do ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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