Sessões solenes homenageiam Getúlio Vargas

Brasília – O Senado e a Câmara realizaram sessões solenes ontem em homenagem a Getúlio Vargas, que se suicidou há 50 anos no auge de uma crise política deflagrada pelo atentado contra seu adversário Carlos Lacerda, no qual foi morto o major Rubens Vaz. Ao ressaltar a importância de Vargas, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha, disse que ele é uma personalidade política muito forte e teve importância para o crescimento do país e “deve ser lembrado não pela tristeza da interrupção de sua vida mas pela obra que deixou”.

“A morte de Getúlio é um marco importante para a História do Brasil, referência no longo e sinuoso caminho que trilhamos em busca da estabilidade política, da normalidade democrática, da solidez institucional, do desenvolvimento econômico e da justiça social”, afirmou.

O deputado Chico Alencar (PT-RJ), autor do requerimento para realização da sessão, disse que Vargas tinha várias facetas e destacou a importância da criação da Petrobras. O deputado Alceu Collares (PDT-RS) aproveitou para provocar o governo. Segundo ele, o governo Lula deveria se inspirar em Vargas e desenvolver o nacionalismo do País.

No Senado, o líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que a obra de Vargas continuará sendo objeto de profunda reflexão por muitos anos e deixando lições fundamentais para o povo brasileiro. Mercadante apontou como exemplo dessas lições a idéia de que o Estado é um agente fundamental na regulação e no fomento ao desenvolvimento. Já o senador Paulo Paim (PT-RS) criticou os que querem mudar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e acabar com direitos trabalhistas criados por Vargas.

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