Brasília – Para evitar surpresas, o governo prepara o plano alternativo, caso a comissão parlamentar de inquérito (CPI) dos Correios seja mesmo criada hoje, na sessão conjunta do Congresso. O plano B da administração federal é limitar as investigações apenas aos Correios e ao fato específico do requerimento. Para isso, os integrantes governistas da comissão serão escolhidos pelos líderes dentro de um critério que leva em conta, em primeiro lugar, a fidelidade ao partido.

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"O comando será partidário. Cada líder escolherá os parlamentares ligados a ele", afirmou o líder do PP na Câmara, José Janene (PR). Janene tem em mente os nomes dos deputados Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG) e Nélio Dias (PP-RN), caso a CPI seja mesmo instalada. A indicação para a CPI é proporcional ao tamanho das bancadas. Numa comissão com 15 membros, o PP na Casa poderá indicar dois deputados. No entendimento dos governistas, o limite de atuação da CPI deverá ser o das denúncias publicadas na revista Veja sobre um suposto esquema de pagamento de propina nos Correios. "Se for tratar dos Correios, apoiaremos os trabalhos. Se for querer atacar o governo, vamos bloquear a CPI de todas as maneiras", afirmou o líder do PP na Câmara.

O deputado professor Luizinho (PT-SP) afirmou que o principal critério para a escolha dos parlamentares que e integrarão a possível CPI deverá ser a compreensão de que  investigação se restringirá aos Correios. "A indicação será de quem quer apurar e não quem quer desestabilizar o governo, fazer luta política", afirmou.

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