Servidores federais comparam decreto a regime ditatorial

Servidores federais em greve reagiram ontem ao decreto publicado pelo governo que tentou desarmar as paralisações ao transferir parte das atribuições dos grevistas aos Estados e municípios. “É inconstitucional”, disse João Maria Medeiros, presidente do Sinagências (que reúne as agências nacionais).

“A presidente Dilma Rousseff não pode tirar o poder constitucional desses órgãos.”

Para o sindicato, a decisão é comparável a postura de governos ditatoriais. Para o órgão, ela representa, inclusive, risco sanitário.

Para Sérgio Ronaldo, dirigente da Condsef (confederação dos trabalhadores no serviço público federal), o decreto é um “equívoco”.

“Se vira moda, não sei onde vai parar”. A intenção, diz Ronaldo, é questionar na Justiça o teor do decreto.

Corte

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, defendeu o corte do ponto dos servidores em greve, realizado pelo governo.

Segundo Adams, o corte de ponto é obrigatório sempre que houver falta ao trabalho e pode ser negociado no futuro.

Voltar ao topo