Senador Edison Lobão pode ter sido alvo de grampo

O senador Edison Lobão (PMDB-MA), cotado para ministro de Minas e Energia, e o ex-titular da pasta Silas Rondeau, que deixou o cargo após ser investigado pela Operação Navalha, podem ter tido conversas telefônicas grampeadas. Quem admite essa possibilidade é o filho do senador José Sarney (PMDB-AP) e braço executivo das empresas do clã no Maranhão, Fernando Sarney.

O empresário e sua mulher, Tereza Murad, foram grampeados pela Polícia Federal durante um ano. Há suspeita de que Fernando tenha contribuído com mais de R$ 2 milhões para a campanha de sua irmã, a líder do governo no Congresso, Roseana Sarney (PMDB-MA). ?Em um ano de grampo, haverá conversas com Lobão e Rondeau. Eles são amigos e eram interlocutores freqüentes?, afirmou. Mesmo ressalvando que não teve acesso aos grampos, Fernando contou que Lobão e Rondeau, por serem ligados ao grupo de seu pai, costumavam trocar idéias ao telefone.

Na terça-feira, Fernando não acreditava que havia sido alvo de grampo e dizia que ocorrera monitoramento das conversas, sem gravação. Ontem, mudou de posição. Como o processo corre em sigilo, o advogado Paulo Baeta, que o representa, entrou na Justiça do Maranhão com um pedido de acesso aos 13 volumes do inquérito, dos quais dois se referem às conversas mantidas por Fernando e sua mulher. O empresário acredita que até mesmo conversas com seu pai, Roseana e o deputado Sarney Filho (PV-MA) também tenham sido grampeadas pela Polícia Federal, a pedido do Ministério Público Federal do Maranhão. O monitoramento foi feito para checar a suspeita de financiamento ilegal de campanha eleitoral.

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