Senado não votará CPMF com Renan, diz Jereissati

O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse nesta sexta-feira (14), em Fortaleza, que a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não entrará na pauta mínima do Senado enquanto o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) estiver na presidência da Casa. E quando entrar, segundo ele, o PSDB votará contra por não haver mais necessidade do tributo.

Em seu discurso, ele chamou de "covardes" os seis senadores que se abstiveram na votação no caso Renan. "Foi uma das coisas mais vergonhosas que presenciei na vida. Não pelo resultado, mas pela forma como foi conduzida. Presenciamos um espetáculo de dissimulação, falsidade e mentiras", disse.

De acordo com o senador, cinco minutos antes da votação foi feita uma enquete entre os senadores. "O resultado apontou 45 votos pelo afastamento. No voto, só apareceram 35. Descaradamente, existem pelo menos dez que estão mentindo, que estão enganando, que estão dissimulando", criticou Tasso.

Abstenções

Com relação às abstenções, o presidente do PSDB afirmou que eles fizeram o voto "me engana que eu gosto". "Seis espertos, covardes. Covardes, que não quiseram enfrentar a opinião pública. Covardes até com a própria consciência", discursou.

Em relação ao pedido de anulação da sessão feito pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o líder tucano disse que não funciona. "Nós no Senado é que temos que resolver essa questão. É obrigação nossa", afirmou.

Segundo Tasso, a culpa do que ele chamou de "vexame" vivido no Senado é, principalmente, de um sistema implantado em Brasília "de uma política promíscua", de "um sistema clandestino e subterrâneo de troca de favores" praticado entre o Planalto e o Congresso.

As declarações de Tasso foram feitas durante seminário promovido pelo PSDB, que ocorre hoje na capital cearense.

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