Senado aprova sindicância para investigar ACM

Brasília – O Conselho de Ética do Senado vai investigar o suposto envolvimento do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) nos grampos na Bahia. A decisão foi tomada ontem, mediante a aprovação, por nove votos a seis, do requerimento em que a bancada petista alega ter sido informada sobre a existência de “provas testemunhais e documentais” contra ACM. O presidente do conselho, Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS), escolheu como relator da sindicância, com duração inicial de 30 dias, o senador Geraldo Mesquita (PSB-AC), que fazia parte de uma lista tríplice apresentada pelo bloco governista. Em seu primeiro mandato, ele é advogado e procurador da Fazenda Nacional. Na reunião marcada para hoje, às 10h, Mesquita vai relacionar os nomes das pessoas que serão ouvidas pelo conselho.

Um nome certo é o do delegado Gecival Gomes de Souza, que preside o inquérito da Polícia Federal sobre o caso. Também estão na lista os jornalistas da revista IstoÉ, Luiz Cláudio Cunha e Weiller Diniz, que teriam ouvido de ACM a informação de que ele mandou grampear o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). O relator disse que o senador Antônio Carlos Magalhães deve ser convidado a se defender no conselho.

Votaram contra a sindicância os três senadores do PFL, Demóstenes Torres (GO), Paulo Otávio (DF) e Rodolpho Tourinho (BA), o corregedor Romeu Tuma (PFL-SP) e dois senadores do PMDB, João Alberto (MA) e Luiz Otávio (PA). Os votos a favor foram do senador Ramez Tebet (PMDB-MS), pelos seis senadores do bloco governista e pelos tucanos Antero de Barros (MT) e Sérgio Guerra (PE).

Sessão

O senador ACM acompanhou pela televisão, em seu gabinete, a sessão do Conselho de Ética. Seus assessores e o senador César Borges (PFL-BA) estava presentes à reunião. O presidente do PT, José Genoino, acompanhou pessoalmente parte da votação do requerimento, mas não quis dar entrevista. Também estava na sala a mulher do senador Juvêncio, Suely da Fonseca, e inúmeros curiosos. ACM não quis fazer comentários.

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