Brasília – Terminou hoje o seminário Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde, promovido pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. Mais de 300 pesquisadores e gestores se reuniram durante dois dias para discutir e definir temas prioritários em 18 campos de pesquisa onde serão concentrados os recursos do Ministério para apoio às pesquisas científica e tecnológica mais relevantes.
Segundo o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério, Reinaldo Guimarães, o encontro faz parte do processo de construção da agenda de prioridades para a II Conferência de Ciência e Tecnologia e Inovação em Saúde, convocada para maio de 2004. ?Nesses dois dias foram levantadas centenas de sugestões em 18 sub-agendas de pesquisa, que serão agora compatibilizadas numa matriz de possibilidades do Ministério?, explicou.
Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, José Hermógenes, além das sugestões que foram apresentadas no evento, o Ministério vai levar em conta uma série outros aspectos para definir as prioridades para o apoio às pesquisas. O desequilíbrio regional do acesso aos recursos pelos pesquisadores e a relevância do que se está investigando são alguns exemplos. ?Tudo será feito de forma transparente, mostrando quais foram os critérios, as prioridades e por que se escolheu essa ou aquela linha?, destacou.
Essa é a primeira vez que um evento sobre pesquisas em saúde no Brasil reuniu pesquisadores e gestores de todo o país. Segundo a pesquisadora Estela Aquino, da Universidade Federal do estado da Bahia, embora a pesquisa e a gestão de serviços tenham ritmos diferentes, elas têm objetos comuns. ?A oportunidade de juntar esses dois segmentos é fundamental para se poder definir aquilo que pode ser prioridade para o uso imediato da pesquisa em saúde?. A pesquisadora da Fiocruz, Cibele Verani, compartilha a mesma opinião e acrescenta que essa é uma oportunidade de integrar melhor as pesquisas com as necessidades de serviço.