Sem terra paralisam protestos na Bahia

Salvador (AE) – Trabalhadores ligados às onze entidades da Articulação de Movimentos Sociais, Rurais e Urbanos da Bahia que fazem protestos e manifestações esta semana no Estado decidiram recuar ontem. As ações radicais que vinham promovendo eram para pressionar os governos federal e do Estado a atender 300 reivindicações, pauta entregue às autoridades no ano passado.

Pela manhã, um grupo chegou a interditar mais uma vez o trecho da rodovia BR-324, no município de Capim Grosso, mas a estrada foi liberada ao meio-dia. Os manifestantes desocuparam o prédio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e um projeto de irrigação que está sendo implantado pelo governo estadual no município de Tucano.

Também desistiram de cumprir a ameaça de fechar outras três rodovias federais. "Como fomos recebidos por representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Ministério Público Federal, resolvemos recuar", disse Gilmar dos Santos Andrade, um dos líderes do movimento. Segundo ele, os prédios do governo estadual também deixaram de ser alvo dos manifestantes em razão de uma nova promessa de reuniões com secretários estaduais. Eles conseguiram uma área do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS) em Salvador para acampar e ficar na capital até definir "os rumos do movimento", disse Andrade.

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