Segundo o Dieese, inflação é maior para população de menor renda

O Dieese informou nesta terça-feira (6) que a taxa de inflação para a população de menor poder aquisitivo em outubro atingiu 0,53% e foi duas vezes maior do que a observada para a população de maior renda na cidade de São Paulo. O destaque foi feito pela instituição por meio do Índice do Custo de Vida (ICV) do mês passado, que apresentou variação média de 0,33% ante uma alta de 0,30% em setembro.

Além do ICV geral, o Dieese calcula mensalmente mais três indicadores de inflação, conforme os estratos de renda das famílias paulistanas. O primeiro grupo corresponde à estrutura de gastos de um terço das famílias mais pobres (com renda média de R$ 377,49); e o segundo contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média de R$ 934,17). Já o terceiro reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média de R$ 2.792,90).

No primeiro grupo, de menor poder aquisitivo, o Dieese apurou que o ICV foi 0,04 ponto porcentual superior à variação de 0,49% de setembro. No terceiro, de maior renda, a taxa de inflação foi de 0,26% ante 0,24% do mês anterior. No grupo intermediário, o ICV passou de 0,35% para 0,38% no período analisado.

Alimentação

De acordo com o Dieese, a alta do grupo Alimentação, de 0,99% no ICV geral, foi a maior responsável pela diferença entre os estratos de renda analisados. Para a instituição, os reajustes nos alimentos, com origem, principalmente, nos produtos in natura e semi-elaborados, especialmente o feijão, afetaram mais as famílias de menor nível de rendimento, com contribuição de 0 39 ponto porcentual na taxa de 0,53%. Estes mesmos reajustes tiveram impacto menor nos demais estratos: de 0,30 ponto para o segundo e de 0,21 ponto porcentual para as famílias com maior poder de compra.

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