Diógenis Santos / Agência Câmara

Chinaglia diz estar preparado para "iniciativas regimentais que atrasem as votações e que acentuem as disputas".

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O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), confirmou que a reforma política será votada nesta quarta-feira (27) em plenário, apesar da falta de consenso sobre o tema. "Como tem muita divergência, estou preparado, digamos, para iniciativas regimentais que atrasem as votações e que acentuem as disputas. Isso é normal. Mas vai votar", afirmou o deputado. Chinaglia disse esperar "sinceramente" que a Câmara consiga "produzir algo melhor".

"Não é possível que a sociedade, a imprensa, os congressistas, todos fiquem falando ‘somos favoráveis a uma reforma política’ e depois não querem decidir", afirmou o presidente da Casa. Estarão em discussão duas propostas de reforma: o projeto relatado pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) e uma emenda apresentada por seis partidos (PT, PMDB, DEM, PC do B, PPS e PSB).

Caiado propõe o sistema de votação por lista fechada, em que o eleitor vota somente no partido. A emenda substitutiva prevê uma lista flexível em que o eleitor vote primeiro no partido e depois, se quiser, em um candidato de sua preferência. As duas propostas criam o financiamento público exclusivo de campanha. Se for aprovado, as campanhas eleitorais passam a ser financiadas com recursos da União e ficam proibidas as doações de pessoas físicas e jurídicas.

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