Rosinha tem cinco dias para explicar desbloqueio

O presidente interino do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ilmar Galvão, decidiu dar um prazo de cinco dias para que a governadora do Rio, Rosinha Garotinho (PSB), se pronuncie sobre o recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) contra a decisão que determinou o desbloqueio do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado, que havia sido retido pelo Tesouro Nacional.

Cerca de R$ 85 milhões haviam sido segurados por falta de pagamento de duas parcelas do contrato de renegociação da dívida com a União. Anteontem, a AGU encaminhou um agravo de instrumento ao STF, alegando que faltou plausibilidade jurídica à decisão de Galvão. Apesar de concordar que o contrato de negociação do débito é legal, ele decidiu determinar o desbloqueio dos recursos por conta do estado de necessidade da sociedade.

Além disso, a AGU argumentou que o governo do Rio tinha verbas para arcar com a dívida, que representa menos de 10% da receita líquida do Estado. Por sua vez, o Banco do Brasil (BB) informou ao Supremo que não conseguiu cumprir a determinação de Galvão porque o dinheiro havia sido repassado à conta do Tesouro Nacional.

Lei Fiscal

Dois dias após obter no Supremo Tribunal Federal (STF) o desbloqueio de R$ 86 milhões arrestados por causa do não-pagamento de dívidas do Estado com a União, a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho (PSB), acusou sua antecessora, Benedita da Silva (PT), de ter violado a Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo Rosinha, a petista, agora secretária de Assistência e Promoção Social no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não pagou, a partir de setembro, débitos do Rio de Janeiro com o governo federal. A socialista não deixou claro, porém, se pretende processar Benedita por suposta infração da LRF.

“A governadora Benedita da Silva não paga ao Banco Central desde setembro, não paga a dívida com o Tesouro há dois meses”, acusou ela, eximindo-se de responsabilidades legais pelo caos financeiro do Estado.

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