A região metropolitana do Rio de Janeiro vai receber do governo federal, por intermédio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mais de R$ 4 milhões para a construção de 21 galpões para a reciclagem de lixo. Os prédios serão destinados às associações de catadores do Rio.
Cerca de 27 mil pessoas trabalham com a reciclagem de materiais no estado, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate Fome. Segundo Fábio Cidrin, consultor técnico do Comitê Interministerial de Inclusão Social dos Catadores, a categoria tem uma função significativa para a sociedade.
Os catadores de lixo têm um papel importantíssimo na gestão dos resíduos sólidos: cada tonelada retirada das ruas representa uma tonelada a menos que a prefeitura tem que gastar com coleta, com aterro e transbordo desse material. De forma que o trabalho deles é histórico e que nunca foi reconhecido como eles sempre mereceram, diz Cidrin.
De acordo com o consultor, é possível que parte das obras dos galpões comece ainda no final do ano. A previsão é de que cada galpão demore em torno de seis meses para ficar pronto.
Segundo o cronograma do PAC, a capital do Rio de Janeiro ganhará um galpão de porte grande. Outros 16 galpões médios e pequenos serão construídos nos municípios do Grande Rio.
Cada catador consegue ganhar de um a dois salários mínimos. Os galpões, disse Cidrin, vão permitir não só melhores condições de trabalho como também o aumento da renda.