O padeiro Gabriel Gatto viveu 59 anos na beira do Riacho Água Podre, na Vila Tiradentes, zona oeste paulistana. Na infância, ele se banhava no local, afluente do Córrego Jaguaré e que, pelo menos desde 2004, tem as águas avaliadas como ruins ou péssimas.

continua após a publicidade

Conforme ele relata, com a falta de medidas de saneamento, o local foi tomado pelo lixo. “Cada dia piora mais. Eu saio de casa às 4h30 e vejo ratos revirando tudo”, comenta. E os roedores não são o único problema – moradores também reclamam de baratas, pernilongos e mosquitos, o que já resultou em surtos de dengue, como em 2015 – ano em que o distrito de Rio Pequeno, da região do riacho, teve 2.353 casos.

continua após a publicidade

“Além de tudo é feio. Esse mato alto, essa sujeira, sem contar esse cheiro horroroso”, diz o enfermeiro Arlindo Carvalho Júnior, de 54 anos.

continua após a publicidade

Para resolver, moradores se uniram em 2006 para reivindicar um parque linear na região, mas encontraram pouco avanço. “Estamos cansados, teve muita promessa, mas pouco aconteceu. Isso é uma irresponsabilidade”, diz o biólogo Cesar Pegoraro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.