Revista acusa Corrêa de explorar mão-de-obra

São Paulo – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Maurício Corrêa, é acusado de explorar mão-de-obra em sua chácara, nas cercanias de Brasília, e de invadir uma área de propriedade pública. A denúncia está em reportagem publicada na edição desta semana da revista Veja, editada pela Editora Abril. Na reportagem, o ministro nega qualquer responsabilidade nos episódios.

Corrêa afirmou ao jornal “O Globo” que divulgaria uma nota dando explicações sobre o caso. De acordo com a reportagem, as irregularidades foram constatadas na última terça-feira por dois fiscais da Delegacia Regional do Trabalho. Maurício Corrêa é acusado de empregar nove funcionários sem registro em carteira de trabalho e de pagar, em alguns casos, valores inferiores ao salário mínimo vigente (R$ 240) – o que é proibido pela Constituição.

Menor

Além disso, os fiscais encontraram um menor, de 15 anos, que ajuda no trato aos cavalos criados na chácara. O menor disse que ganha R$ 125 por meio período de trabalho. A lei proíbe o trabalho de menores de 16 anos.

“Desde que dei entrevista criticando o PT, sei que está todo mundo atrás de mim. Para terminar: se tiver algum empregado lá sem carteira, não é responsabilidade minha. Eu não tenho rabo preso, qualquer irregularidade que exista, de que subsidiariamente eu seja o responsável, assumo e legalizo”, afirmou o presidente do STF à reportagem da revista, acrescentando que a administração da propriedade é feita por seu genro, Joabson Martins.

O ministro Maurício Corrêa, disse ao Jornal O Globo que não pretendia comentar a reportagem da revista Veja desta semana. Afirmou que divulgaria ontem mesmo uma nota contendo explicações sobre o caso.

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