Reprovação na rede pública tem custo de até R$ 9 bilhões

Ao defender o pacto nacional pela alfabetização na idade certa, que visa garantir a plena alfabetização das crianças até os oito anos, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) argumentou que a reprovação escolar causa não só transtornos para o aluno como também impacto financeiro.

 

“Se nós não tivéssemos reprovações e todas as crianças tivessem uma boa política de reforço pedagógico, só em termos de investimento do MEC nós economizaríamos de R$ 7 a 9 bilhões por ano”, afirmou hoje o ministro após cerimônia no Palácio do Planalto.

 

“É muito mais inteligente o país ter uma política forte de reforço pedagógico do que a reprovação”, completou o ministro. De acordo com dados oficiais, a taxa de reprovação dos alunos do ensino fundamental da rede pública foi de 10,5% no ano passado, e de 14% no ensino médio público.

O secretário da Educação Básica do MEC, Cesar Callegari, ressaltou que o objetivo do pacto nacional é justamente evitar que o aluno tenha um aprendizado defasado nos primeiros anos da vida escolar. Nessa etapa do ensino, ressaltou o secretário, “não deve ter reprovação”. “Isso não significa que [o ensino] não deva ser avaliado”, disse.