Renúncia de Borba é dada como certa

    Arquivo / O Estado
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Borba: renúncia seria forma de evitar perda de direitos políticos.

Brasília – A renúncia do deputado federal José Borba (PMDB-PR) era esperada entre a noite de ontem e a manhã de hoje. A informação foi divulgada pelo gabinete do parlamentar. Antes de Wilson Santiago (PMDB-PB), Borba era o líder peemedebista na Câmara dos Deputados. Depois dos deputados Carlos Rodrigues (PL-RJ) e Valdemar Costa Neto (PL-SP), caso se confirme a renúncia será a terceira entre parlamentares envolvidos nas denúncias de mensalão.

Segundo a CPMI dos Correios, Borba teria sido beneficiado com R$ 2,1 milhões do esquema montado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O deputado do PMDB faz parte da lista de 17 parlamentares que foi encaminhada nesta terça-feira ao Conselho de Ética. Com a renúncia, escapa do processo de cassação e de perda de direitos políticos.

O presidente do diretório regional do PMDB, deputado estadual Dobrandino Gustavo da Silva, já adiantou que se Borba optar pela renúncia, será expulso da agremiação. O PMDB defende a apuração profunda dos fatos e, segundo Dobrandino, não pode concordar com manobras que obstruam esse trabalho ou evitem as punições, se elas se justificarem.

Se vier a ser expulso, Borba terá menos de duas semanas para encontrar um novo abrigo. Os prazos para filiação de quem pretende disputar as eleições do ano que vem se encerram no próximo dia 30. Sua renúncia também abre espaço na Câmara Federal para o ex-deputado e hoje secretário estadual de Planejamento, Reinhold Stephanes. Segundo os mais chegados, a hipótese não entusiasma o secretário, embora ele tenha planos de disputar uma vaga na Câmara Federal o ano que vem. Ele assumiria o posto para renunciar em seguida, dando a vez ao segundo suplente, Cláudio Rorato, ex-secretário de Turismo e ex-vice-prefeito de Foz do Iguaçu.

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