Renan e P-SOL têm até amanhã para enviar questionamentos à PF

Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o P-SOL têm até esta terça-feira (10) para entregar ao Conselho de Ética da Casa questionamentos à Polícia Federal (PF) para contribuir nas investigações sobre o senador. A documentação será reexaminada antes de os conselheiros julgarem processo movido pelo P-SOL contra Renan por possível quebra de decoro. Ele é acusado de ter despesas pessoais pagas por um funcionário da construtoraMendes Júnior. A perícia da PF deve levar ao menos 20 dias.

Os relatores do processo contra Renan no Conselho de Ética são os senadores Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE). A comissão quer fazer um levantamento da evolução patrimonial de Renan de 2002 a 2006 e das obras da construtora que foram realizadas com dinheiro público no mesmo período.

De acordo com Marisa Serrano, os documentos já apresentados por Renan não estão completos – em alguns casos só havia a primeira via e, em outros, em vez de nota fiscal, um recibo. ?Então, a Polícia Federal fez uma lista de tudo aquilo que eles precisariam para complementar o seu trabalho?, afirmou. Segundo ela, é necessário saber que tipo de relacionamento Renan tinha com a Mendes Júnior.

A senadora espera que os três relatores possam apresentar um relatório conjunto ?correto, isento e sério?. ?Eu fui para fazer um trabalho sério, para aprofundar as investigações e oferecer aos senadores do Conselho de Ética condições de votar tendo conhecimento de tudo o que aconteceu?, afirmou.

Marisa Serrano disse que não admite pressões. ?Nós temos obrigação de fazer um bom trabalho, e sério, sem pressões, e que dê resposta primeiro ao Congresso e segundo à sociedade?, ressaltou.

Já Renato Casagrande ressaltou que a conclusão dos trabalhos de investigação e a votação do relatório do processo no Conselho de Ética não deve ocorrer antes de 45 dias.

Os relatores devem se reunir amanhã (10) para definir o cronograma de trabalhos. Na semana passada, os senadores se encontraram com o presidente do colegiado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO). Almeida Lima não compareceu porque estava com problemas de saúde. Na reunião, Quintanilha considerou prejudicado o relatório apresentado anteriormente por Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que pedia o arquivamento do processo, assim como os votos em separado encaminhados ao colegiado.

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