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Região da Avenida Paulista vive uma fase mais plural

Por suas calçadas largas, a Avenida Paulista, que completa 126 anos nesta sexta-feira, 8, é local de passeio desde a criação. Mas antes era restrita às elites. “Primeiramente funcionava quase como uma chácara, depois, com a inauguração dos serviços de bonde, aumentou a qualidade, com as mansões competindo para mostrar qual era mais bonita, tornando-se polo de atração”, diz o arquiteto Antonio Soukef. Da via, era possível avistar o centro e a zona oeste. “Praticamente todos os casarões tinham espaço de observação, com torreões.”

A avenida, diz ele, passa por uma nova fase, com o programa Paulista Aberta – que fecha a via para veículos aos domingos – e novos centros culturais, como o Instituto Moreira Salles, o Japan House e o Sesc Paulista (que deve reabrir em 2018). “É uma popularização, com a chegada também de grandes magazines e novas tribos.”

Para Volia Regina Kato, professora de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie, a “popularização veio também com novas conexões do Metrô, com a Linha (4) Amarela e a extensão da Linha (2) Verde”.

Olhares

Para a comerciante gaúcha Vanessa Muccillo, há “glamour” em morar na Paulista, mas ela tinha outra visão antes de conhecer a via. “Imaginava um lugar totalmente comercial, de escritórios, o centro econômico de São Paulo.”

Moradora de um prédio na frente do Japan House, a arquiteta Mila Strauss, de 39 anos, frequenta o local “desde sempre” – ela mora no imóvel que era da avó. “Por mim, não passariam carros aqui nunca. No domingo, vira um grande parque linear”, diz ela, que observa rejuvenescimento da população do entorno. “Pela qualidade das construções, pela facilidade de acesso, por ter apartamentos grandes e com vista de tudo – de protesto contra a guerra na Síria a passeatas contra abusos.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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