Uma reforma tributária que reduza a carga de impostos indiretos cobrados dos pobres pode diminuir mais a desigualdade do que uma mudança nos gastos sociais já existentes.
Os impostos e outros tributos indiretos, que aumentam os preços de produtos e serviços, anulam a maior parte dos benefícios às famílias de baixa renda dados pelo governo federal e consomem 22% – quase um quarto – da renda das residências mais pobres, de acordo com pesquisa do Programa de Estudos Fiscais da Fundação Getúlio Vargas .
O estudo mostra que o volume de tributos indiretos pagos pelas residências de renda mais baixa no Brasil corresponde a 74% do total dos benefícios sociais em dinheiro recebidos do governo por esses domicílios, como os programas de bolsa escola, alimentação, criança cidadã e amparo ao idoso.