Reforma da Previdência será votada dia 25

Brasília – Governo e a oposição fecharam acordo de procedimento para a votação da reforma da Previdência no Senado, mas os entendimentos não se estendem à votação da reforma tributária. O acerto feito ontem, entre os líderes do PSDB, Arthur Virgílio (AM), do PFL, José Agripino (RN) e os do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), e do PMDB, Renan Calheiros (AL), representou a retomada das negociações para a aprovação das reformas que estavam interrompidos desde anteontem.

A decisão de os deputados não instalarem uma comissão mista para discutir a medida provisória da Cofins azedou as relações dos partidos oposicionistas com o governo no Senado. Uma nova reunião – especificamente sobre a reforma tributária – está prevista para a próxima segunda-feira.

Pelo acordo fechado no gabinete do senador Tasso Jeireissati (PSDB-CE), a votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) acontecerá na próxima terça-feira à noite e a votação do primeiro turno em plenário no dia 25, quarta-feira. “Temos um acordo de procedimentos, o que já é um avanço e é bom para o governo, mas somos contra a PEC (proposta de emenda constitucional ) paralela e temos divergências no texto que pretendemos mudar”, sintetizou Arthur Virgílio.

Agripino disse que o governo já sabe quais são as pretensões do PFL e espera um sinal para avançar nas negociações. Para ele, a iniciativa do diálogo colocava as relações com o governo em grau de civilidade. “Vamos procurar alternativas para a PEC paralela”, prometeu Mercadante, concordando com Agripino, sem apresentar, no entanto, a solução que adotará.

O PFL defende a paridade entre os vencimentos dos servidores e dos aposentados, o aumento da isenção para aposentados com deficiências e redução do corte das pensões. “As questões de mérito sobre as quais não entrarmos em acordo, vamos disputar no voto”, disse Mercadante.

Liberados

O PSDB foi liberado para votar as reformas em plenário. O líder do partido na Casa, Arthur Virgílio (AM), disse que “quem divergir divergiu e ficou decidido que cada senador ficará completamente livre para tomar a sua decisão”.

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