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Recursos para assistência aos venezuelanos em Pararaima são poucos

Além de precisar lidar com o fluxo de venezuelanos pelas ruas da cidade, Pacaraima, em Roraima, enfrenta uma crise própria com servidores sem receber salários, paralisações e até ameaça de despejo de órgãos públicos que utilizam imóveis alugados.

O Conselho Tutelar da cidade, por exemplo, está paralisado e os titulares trabalham apenas em esquema de plantão para cumprir a cota constitucional de 30% do funcionamento dos serviços essenciais.

Os conselheiros relatam que estão há três meses sem salários. Entre as atribuições do órgão, está o encaminhamento à Polícia Federal de crianças e adolescentes venezuelanos que sofrem maus-tratos ou estejam em outras situações de risco na cidade.

Aos conselheiros brasileiros também caberia se comunicar com os organismos que cuidam da questão na Venezuela, mas o intercâmbio é impossível: o telefone do Conselho de Pacaraima está cortado por falta de pagamento.

Na quinta-feira, 13, a luz do imóvel ocupado pela entidade também foi desligada. A proprietária da casa, alugada, enviou também ontem um aviso de despejo, exigindo o pagamento de todos os valores atrasados.

Uma das conselheiras, Jonmara Fischer, conta que a prefeitura de Pacaraima está pagando só agora os salários de julho para parte dos funcionários, como os das áreas de saúde e educação, mas os demais vencimentos ficarão para o próximo ano.

Quanto aos conselheiros, não se sabe quando receberão sequer os valores de julho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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