A recepcionista Marina Sanchez Garnero, de 23 anos, morta pelo ex-namorado Marcelo Travitzki Barbosa, de 29, já havia registrado quatro ocorrências de agressão contra ele. O casal teve uma história conturbada. No dia 28 de novembro, Marina registrou representação contra ele e afirmou que rompera porque Marcelo era ” bêbado, drogado”. De acordo com o delegado-titular, Jair Vicente, ele foi intimado e faltou. Seria convocado novamente. “Mas não deu tempo.”

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Vicente explicou que dois dias antes de representar contra Marcelo, Marina registrou ocorrência na 9ª Delegacia da Mulher. Ela não quis se beneficiar da Lei Maria da Penha, onde a vítima pode solicitar medidas de proteção preventiva. Vicente explicou que os crimes de ameaça são considerados menos ofensivos. “Ficamos de mãos atadas”, disse o titular. Segundo o delegado, só juízes podem pedir medidas protetivas. “Isso costuma acontecer em casos de violência doméstica.”

Dois meses atrás, a polícia havia instaurado inquérito por causa de denúncia da jovem contra Marcelo. Formado em Direito, ele se relacionou por quatro anos com Marina. Detido ontem, o rapaz confessou o crime. Marcelo estava em liberdade condicional de uma pena por assalto em 2005. Hoje, Marcelo será transferido para um Centro de Detenção Provisório.

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