Rebelião em presídio paulistano mata dois

São Paulo – Depois de 13 horas e meia, terminou a rebelião dos presos no Cadeião de Pinheiros, que abriga o Centro de Detenção Provisória, na capital paulista. Dois agentes penitenciários foram mortos, segundo o coronel da Polícia Militar, Olinto Bueno. Uma terceira pessoa está em estado grave, de acordo com ele. Ao todo foram feitos sete reféns. Quatro ficaram até o fim na mira dos presidiários. A Secretaria de Administração Penitenciária vai abrir um inquérito para apurar as causas da rebelião. Segundo a PM não houve sequer reivindicação, já que os detentos começaram o motim depois de uma tentativa frustrada de fuga. A polícia não soube dizer como as armas foram parar dentro do presídio, que abriga o Centro de Detenção Provisória (CDP). Os detentos estavam com vários celulares e falaram com familiares e com a imprensa o tempo todo. Os detentos retiraram parte das telhas do prédio para circular pela cadeia e utilizaram o teto para uso livre de drogas. Eles estavam com armas brancas e ameaçaram um refém por várias horas no alto da muralha. Os familiares temiam que alguns presos morressem em confronto com a polícia se a tropa de choque invadisse o local. A Secretaria de Administração Penitenciária informou que negociaram o fim do motim com Luiz Antônio de Barros, diretor do Cadeião de Pinheiros, e o coordenador das unidades prisionais da capital, Perci de Souza. Outros dois representantes da pastoral carcerária participaram das negociações. A rebelião começou durante a madrugada, por volta das 1h30m, quando um grupo entre 10 e 12 detentos tentou escapar. Eles estavam com armas de fogo e trocaram tiros com os guardas de muralha. Os presos divulgaram uma informação, que não foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária, que 10 detentos de grupos rivais também foram mantidos reféns dentro do Centro de Detenção Provisória 1, que faz parte do Cadeião.

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